terça-feira, 10 de julho de 2012

A Casa Vazia


Não é de se estranhar que ela seja assim. Ela diz que prefere a casa vazia, que prefere ouvir seus próprios passos, ela deseja falar só. Porque ela só consegue se concentrar no silencio do vento que invade o quarto e embala seus sonhos.

Ela que vivia na colorida presença cheia da gritaria diária, prefere hoje, colorir seus dias ao sabor da ventania das janelas, prefere concordar, acordar e discordar de seus pensamentos, e acha muito digno, dar nós bem apertados nas tristezas e jogá-los pela janela, onde os carros correm em suas corridas contra o tempo. Quando a casa está vazia ela canta junto com os pássaros canções que nunca ouviu.

E essas janelas desta casa silenciosa, sempre estão abertas. Para o entra e sai da ventania das palavras, e dessas poesias de uma (des)poeta.  E não creia, caro, que assim ela é infeliz, ao contrario! Ela é bem feliz assim. Vai entender? São coisas da vida...

Andressa Virgínia

2 comentários:

  1. Adriane, isso quer dizer ferias + greve? Hehehe! De fato! Mas ainda luto nesta tua terra quentíssima! Nem sei o que são essas grérias, ainda!

    ResponderExcluir