segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dicurso Abafado.

"Nunca nada foi dito que convenha à nossa dor."
Virginia Woolf


Quando decidimos tomar uma decisão que mudara o percurso da nossa existência? Se a vida é tão simples de ser vivida, se temos todo tempo do mundo, porque essas decisões nos empurram cada vez mais para trás, não para frente? Se é que poderemos chamar isso, que nos empurram para trás de decisão. Pode ser que sejam apenas mais alguma maneira torpe de sobrevivência selvagem no universo humano, na selva que chamamos vulgarmente de sistema.
Depois de ouvir a verdade negra de meu passado vergonhoso, decidi, pois, alavancar aquilo que eu chamava de existência. No entanto, sentia-me presa, acorrentada a pessoas e coisas sem sentido, procurando algo que pudesse puxar-me a realidade, puxar-me a vida, de fato. Sim, eu era escrava da sociedade, como Davi afirmava.
É difícil encontrar palavras certas para definir essa indecisão da tomada de decisão. Se assim, posso definir o que de fato sinto. A caminhada para a saída do precipício se torna tão mais árdua e difícil, quanto à subida ao pico da montanha.
Eu precisava urgentemente de um plano. Um plano qualquer.



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